segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Paisagem no linho - Bordando a cura





Aqui começa a minha aventura no linho. Irreversível. Quem começa a bordar em linho, não quer mais saber de tecido sem trama definida. E delicada. O bordado aqui flui.

Levei alguns meses bordando esta paisagem, aprendendo pontos com a Sonia Bianco, minha professora em 2009 e amiga querida até hoje. Também folheava de quando em quando o livro ABC do São Francisco, da Sávia Dumont e aproveitava algumas ideias - como estes pontos retos da foto acima.

Fiz 3 riscos sinuosos e dividi o trabalho em 4 partes: canteiro, rio, vila e céu. E enquanto bordava acompanhava meu marido num tratamento que durou 8 meses, na certeza de estar bordando a sua cura e levando um pouco de colorido aos momentos difíceis de 2009. Valeu!

Presente para minha mãe

Ainda sem conhecer as delícias de se trabalhar num pedaço de linho, bordei uma dura toalhinha de bandeja em talagarça, para dar à minha mãe. Fui inventando flores com os pontos básicos e variando as cores. Tentei resgatar um ponto ajour ou semelhante, procurando na internet, e entre acertos e erros fiz a baínha. Em março de 2008!

A Árvore da Vida




Depois de fazer o workshop com a Sávia Dumont, quis muito experimentar - inspirada pelos trabalhos da sua família - preencher toda a área do tecido com pontos e cores. Ainda usando a dura e rude talagarça, arrisquei fazer uma árvore com meus filhos e neta, além de um projeto de neto(a) deitadinho(a) no ninho, esperando que ele(a) se torne, em breve, real na nossa vida.



Basicamente usei ponto haste (tronco), ponto margarida (folhas) e alguns rococós no canteiro de flores. Tive dificuldade com as figuras humanas, mas a Sávia, num 2º workshop, me deu pequenas dicas como fazer bracinhos e perninhas com apenas 1 ponto chavão. O tracinho no meio do ponto cumpre o papel da articulação. Em agosto de 2008!